A dengue é uma doença endêmica no Brasil, afetando, todos os anos, milhares de pessoas por todo o país. Os primeiros relatos da doença no país datam de meados do século XIX e início do século XX, sendo que sua circulação de fato só foi comprovada em 1982.
O mosquito, apesar de ser apontado como o grande vilão dessa doença, é apenas parte do problema. Isso porque o Aedes é meramente o vetor dessa moléstia, ou seja, ele não é o responsável por causar a dengue, apenas por transmiti-la. Assim, nem todo mosquito é, portanto, transmissor da dengue, já que nem todo mosquito está contaminado com o vírus responsável por causar essa doença.
Imagem 1- Aedes aegypti, o “mosquito da dengue”.
Fonte: Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=336&sid=32>. Acesso em: 30 de jun. de 2020.
O vírus da dengue, por sua vez, é considerado o agente etiológico da doença, o que significa que ele é o responsável por causá-la. De maneira análoga, o vírus sem o mosquito é inofensivo, já que esse necessita de seu vetor específico, o Aedes, para se propagar.
Imagem 2 - Produzida em laboratório por microscopia eletrônica, exibe células do mosquito A. aegypti infectadas pelo vírus da dengue (pontos pretos, indicados pela seta).
Fonte: Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=335&sid=32>. Acesso em: 30 de jun. de 2020.
Com o combate ao mosquito, um elo dessa cadeia, que depende intimamente do Aedes e do vírus, se rompe, interrompendo, portanto, o ciclo de transmissão da dengue. Por isso o combate ao Aedes se faz tão necessário.
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Por Letícia Bottino
Referências
RIZZI, C. B. et al. Considerações sobre a dengue e variáveis de importância à infestação por Aedes aegypti. Hygeia. 2017;13:24-40.
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
TEIXEIRA, M. G. et al. Epidemiologia e medidas de prevenção do dengue. Informe Epidemiológico do SUS, v.8, n.4, p.5-33, 1999.