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Situação em 2020 da endemia de dengue em Foz do Iguaçu


Atualmente, a dengue é uma das doenças que mais crescem no mundo. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em climas quentes e úmidos, por isso, a doença é encontrada em vários países, inclusive no Brasil. Algumas cidades brasileiras apresentam estado de epidemia, como Foz do Iguaçu, que para o ano epidemiológico 2019-2020 registrou mais de 2.831 casos e duas mortes.


Como proposta de mitigação, o projeto de extensão da Universidade Federal da Integração Latino - Americana: “Conhecendo Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mosquitos dos VÁRIOS vírus” apresentou o "Webinar: Conhecendo os mosquitos Aedes, os transmissores da Dengue e de outras doenças". A quarta palestra intitulada “Situação atual da Endemia de Dengue em Foz do Iguaçu”, foi ministrada por Jean Rios, secretário do Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue. Na palestra foram expostos os dados sobre o ano epidemiológico 2019-2020 em Foz de Iguaçu, focando em dados de estudos feitos na cidade, com o objetivo de identificar quais áreas do município apresentam maior número de casos, além de divulgar como a doença é classificada de acordo com os sintomas e as atividades que estão sendo desenvolvidas para minimizar os casos presentes no município.


A palestra começou divulgando como é a classificação no atendimento de postos de saúde, de acordo com os sintomas apresentados pelos pacientes. Deste modo, a divisão ocorre em quatro grupos da A a D, onde A são os sintomas mais leves e D os mais fortes.


Na sequência, foi apresentado um histórico de casos de dengue ocorridos de 2000 a 2020, mostrando aumentos graduais de forma preocupante. Ao longo das duas décadas, vários anos foram considerados como de epidemia. Para a dengue ser considerada epidêmica, em um ano, deve haver mais de 300 casos por 100.000 habitantes. Apenas no ano passado, houveram mais de sete mil casos, o que coloca 2020 como o ano em que a epidemia foi mais alarmante na história do município. Tabela 1: Série histórica do número de casos de Dengue notificados e confirmados em Foz de Iguaçu (2000 a 2020).

Fonte: Divisão de Vigilância Epidemiológica de Foz do Iguaçu, 2020.


Em seguida foram apresentados os tipos de Dengue que existem e quais deles estão presentes no município, além de um gráfico de controle, no qual se pode observar uma comparação entre a média de casos e os casos necessários para considerar-se como epidemia.


Outro tópico abordado foi o monitoramento dos índices de infestação, como o levantamento de índice rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), feito com o fim de identificar quais áreas têm uma alta ou baixa infestação.

Uma vez concluída a explicação sobre a situação atual da doença e como é feito o monitoramento em Foz do Iguaçu, foram expostos os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue. Estes projetos visam diminuir a quantidade de criadouros de mosquito (geralmente oriundos de acúmulos de lixo e água parada), e consequentemente reduzir o número de pessoas infectadas pelo vírus na região. Além disso, palestras destinadas à comunidade, que ensinam sobre os cuidados com os criadouros em potencial (recipientes, objetos, vasos de plantas, etc.), visitas domiciliares, coleta seletiva, e monitoramento de ralos e tubulações, também são algumas das ações apresentadas pelo palestrante como intervenções para o controle e monitoramento da Dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.


imagem 1 - Atividades feitas pelo Comitê a fim de diminuir os casos da doença na cidade.

Fonte: Imagem retirada da apresentação da própria palestra.


A palestra é muito esclarecedora com respeito ao estado da doença na cidade e permite o conhecimento dos projetos em execução para controle e redução da epidemia no município. Veja a palestra completa abaixo:





 

Por Angie Rocio Barrera

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